quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Produção textual


Os alunos dos segundos anos, turmas 201 e 202, estão aprendendo a escrever matérias jornalísticas. Aos poucos, tomam contato com vários gêneros textuais, desenvolvem gosto pela leitura, pelo trabalho de pesquisa, pela interação com mundo da comunicação. E preparam-se para o vestibular. Ler e escrever bem garantem sucesso em todas as atividades, sem dúvida. Aqui, a mostra de um entre  tantos textos escritos, houve também os  produzidos áudio e  vídeo. A autoria é da aluna Jédria Mazuí Colpo.
Éden Caldas
Porfessor de Língua Portuguesa e Literatura

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História de Manoel Viana

Seu Diniz Biscaíno - Um dos maiores nativistas da cidade, historiador e criador do  Programa Churrasqueando, na Rádio Ibicuí de Manoel Viana. Seu Diniz conta que além de ter morado  4 anos em Montevidéu e 29 anos em Porto Alegre, conhece muito a região de Manoel Viana e tem muito carinho por ela.  Ele conta que possui o nome mais extenso de Manoel Viana composto de  19 nomes, devido a cultura de sua descendência, a cultura Basca. Aprecia muito pesquisas o que torna-o uma pessoa de muito conhecimento, podendo falar até 4 línguas, português, espanhol, latim e francês além de ser um brilhante poeta. Ele conta que infelizmente a sociedade vianense não se detém muito quanto à  história de nosso município, declarando que tem muito a contar e ensinar sobre a cidade e lamenta que, quando morrer levará no caixão essa sabedoria, pois ninguém nunca se interessou, até mesmo para fazer um registro histórico da nossa cidade, o que ele ajudaria com toda felicidade. Também conta que possui muitos objetos e livros antiguíssimos de 1893 que poderiam ajudar  no aprofundamento da história vianense. Entre 1618 e 1619 o primeiro cristão que cruzou em Manoel Viana foi o Parde Rock, ele subiu pelo rio Ibicuí, juntamente com índios, portugueses  que iam junto com ele disbravando e o primeiro que atravessou o município de Manoel Viana foi Cristóvão de Mendoza Orellana em 1626 ele transfixou o município de Alegrete para as missões atravessando pela Barragem do Itú, distribuindo gado de uma tropa de 980 cabeças  para as comunidades indígenas que ele tinha contato e ia catequizando os índios e conta que uma frase que eles aceitavam muito era Lau Sus Cris. E  tempos depois começou  cruzar fluxos de pessoas neste lugar que vinham da Bacia Cisplatina para o centro do país e surgiu os primeiros povos da vila de Manoel Viana.


      Travessia de barca sobre o rio Ibicuí.


 Ele relata que na época,  quando não havia televisão e redes socias obviamente, a sociedade da vila vianense procuravam buscar algo para o entertenimento, o que levou as pessoas a participarem de reuniões familiares, e também de algo bastante curioso, os filós, que as pessoas de descendência italiana faziam em suas casas,onde  aqueles que tinham abilidades em tocar violão ou algum instrumento musical se apresentavam e as mulheres faziam tricô, chapéus de palha, enrestavam cebolas, que hoje em dia é muito difícil existir alguém que faça isso aqui em Manoel Viana, custuravam, faziam crochê, e outros trabalhos manuais e tudo isso às luzes de lampião.


Silvia Molina Fernandes - Silvia se mudou para Manoel Viana há exatamente 28 anos atrás, com o intuito de trabalhar no cartório de Manoel Viana. Ela conta que na época que ela veio para a cidade, Manoel Viana já era desenvolvida pois possuia Polícia, Posto de Saúde, Cartório, Cinena, Posto de Gasolina, e até Farmácia, médicos tinha somente três, Dr. Íris, Dr. Herbet e o Dr Colombo, muito bons médicos, mas eram poucos, pois quando as pessoas adoeciam tinham de buscar hospitais em outras cidades.
Ela conta que tem muita admiração pela cidade que cada vez evolui mais, mas vê que ainda tem muito a evoluir e com certeza evoluirá.
Ela diz que muita coisa já evoluiu, como empregos, salários, organização da cidade,os asfaltos que antigamente era tudo estrada de chão e o pó era terrível,e o planejamento do asfalto já existia na época mas hoje graças a Deus muitas ruas já foram asfaltadas. Ela diz que ainda sonha com um hospital para Manoel Viana, o que segundo ela, é de grande necessidade para o município e região.Um ponto negativo da época eram as fofocas, como as pessoas não tinham muito o que fazer, todo mundo cuidava da vida de todo mundo, comenta Silvia. E ela diz ainda que em todos esses 28 anos, nunca pensou em se mudar, ou desqualificar a cidade, e diz ainda que já possui o coração vianense.


      Ponte sobre o rio Ibicuí, arquitetura européia.


Dona Eva Antolini - Dona Eva é uma professora aposentada além de ser uma ilustre poeta, mora em Manoel Viana há 52 anos.Ela diz que nunca esqueceu a primeira vez que veio à cidade,  era de Uruguaiana e veio licionar na cidade, estava de salto e indo a caminho da escola, quando se atolou num barro de um lugar alto cheio de bois e vacas e perguntou à alguns alunos que por ali estavam onde ficava a praça da cidade e eles disseram que era ali naquele morro cheio de animais e barro.
Ela relatou que não havia água na cidade, a água era vendida em garrafas na rua por um senhor chamado Seu Calisto(João de Souza) e a luz era da prefeitura e às 23:00h da noite acabava. Ela conta que foi uma das primeiras a comprar uma televisão na cidade e que fazia reuniões para assistir tv, era uma festa diz ela. Sobre a saúde , não exisitam médicos mas sim pessoas que benziam e davam chás, como o Seu Delcírio Pinto e a Vó Júlia. Ela conta que juntamente com outras pessoas criaram o CDV( Conselho de Desenvolvimento Vianense) que tinha ideais como emancipar Manoel Viana de São Francisco, criaram CTGs, e que Manoel Viana foi a primeira vila brasileira a ter a Pastoral da Criança, criada também por ela e alguns amigos. Ela diz que Manoel Viana cresceu o povo, pois foi ele que lutou por tudo o que existe hoje por aqui Diz também que Manoel Viana foi a cidade do já teve, porque já teve de tudo, cinema, clube,Rotary,Casa da Cidade .. E hoje infelizmente diz ela,  tudo se acabou. Dona Eva diz ainda que antigamente as pessoas eram mais unidas do que hoje, e que ela gostaria que aquela união e aquelaenegia de antigamente voltasse para esse tempo, onde é um por sí e Deus por todos.



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